sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Uma grande loucura num dia ordinário
Iria pra casa de uma amiga, mas estava em São Paulo voltando da aula de dança. Lembrei-me de que um dos ônibus que vem do Metrô Saúde segue para o Terminal Diadema, que de lá tem agora as novas linhas que seguem para o Shopping do Morumbi e a Estação Berrini, e num outro dia ouvi a reportagem da inauguração desse novo corredor. Falei com minha amiga pra saber se mais alguém iria na casa dela e ela disse que não, então avisei-a que iria demorar um pouco mais pra chegar. Por sorte ou por simples ação da vida mesmo, não sei, o ônibus pro Terminal Diadema passou primeiro que o de São Bernardo, e como sou muito flexível quanto as escolhas, decidi vir nele mesmo pra saber qual o caminho até Diadema e para andar no novo corredor Diadema-Brooklin. Fiquei impressionado com o caminho que o ônibus fez pra chegar, mas isso não vem ao caso. Do Terminal Diadema já estava partindo o Trólebus que iria por esse novo corredor, não sabia se era o do Shopping do Morumbi ou o da Estação Berrini, mas entrei mesmo assim, sem me importar com o destino. A pior parte da ida foi que fiquei num daqueles bancos que são de costas, não que eu não goste deles, eu até prefiro esses bancos, mas como era primeira vez, preferia que tivesse sido olhando para frente pra visualizar melhor por onde o corredor passa durante a viagem. Tudo bem! Me conformei em ficar olhando as coisas que estavam passando daquele ângulo mesmo. Obviamente descobriria o destino final quando chegasse, que acabou sendo no Shopping do Morumbi, bem ali do lado da Estação e da Marginal Pinheiros. Daí me veio outra lembrança, a de que a Ponte Estaiada (Octávio Frias de Oliveira) se localizava ali na Marginal e talvez até próxima ao Shopping. Desci do Trólebus e segui para a Marginal, olhei pra esquerda e nem sinal da Ponte, olhei pra direita e perdi o fôlego, lá estava ela, deslumbrante, a uma ponte de distância e com aqueles estais amarelos, com aquela torre de 138 metros que chama a atenção de quem estiver nas proximidades. Não resisti, por mais que fosse um lugar que não conhecia nada, não sabia onde poderia ter possibilidades pra eu voltar pra casa, eu segui em direção da Ponte pra poder admirá-la de perto. Essa obsessão com essa ponte é por causa de sua estrutura que é excepcional e porque tinha visto uma matéria de quando estavam colocando os estais para finalizar o projeto de se fazer 'a primeira Ponte Estaiada da cidade de São Paulo que se tornaria seu mais belo cartão postal e a primeira ponte estaiada do mundo com duas pistas em curvas conectadas a um mesmo mastro'. E a visão que tive não renega essas palavras, não sei se é o mais belo cartão postal da cidade, porque não cheguei a conhecer todos, mas com certeza é o mais bonito que já vi até hoje. A estrutura e a localização não decepcionam em nada as expectativas, pelo contrário elas excedem qualquer pensamento que se tenha, é absolutamente uma arquitetura com um papel marcante para o modo como se vê a cidade. Depois desse transe, veio a dúvida, voltar ao Shopping pra pegar o Trólebus de volta ou seguir pelo caminho desconhecido sem saber aonde vai dar? Durante esse questionamento no meio da Av. Berrini passa um Trólebus com destino à Estação Berrini, ou seja, o ponto final da Estação Berrini não deveria ser muito longe do Shopping do Morumbi, e foi com essa incerteza que segui pela avenida procurando o ponto final para voltar pra casa, já estava no meio do desconhecido mesmo, conhecer um pouco a mais não seria problema. Até parece! Não vou negar, bateu um pouco desespero num determinado momento porque não sabia por onde o Tróbelus passara, mas aí ele veio no sentido do Terminal Diadema, então não estava muito longe do ponto final e fui seguindo. Vi uma banca que vendia o bilhete do Trólebus e perguntei pra dona onde eu encontraria um ponto pra voltar pra Diadema. Ela apontou a rua onde era o ponto final, que por acaso era a rua em frente a banca, segui para lá e esperei a chegada do Trólebus que me levaria de volta pra rotina da minha vida depois dessa pequena loucura de se perder pra conhecer duas coisas que eu queria muito: o corredor até o Brooklin e a Ponte Estaiada, apesar que conhecer a ponte não estava nos meus planos, mas foi a melhor parte dessa loucura.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Muito Engraçado!
É muito engraçado como levamos a vida, mesmo com todas as angústias do dia-a-dia
É muito engraçado como suportamos os sofrimentos sem atormentar ninguém
É muito engraçado o quanto estamos disponíveis para ouvir os problemas dos outros
É muito engraçado também como não falamos os nossos problemas pra esses "outros" os nossos problemas
É muito engraçado como em certas situações não tomamos a decisão que nos deixa mais feliz
Mas o mais engraçado de tudo é o quanto conseguimos ser felizes com essa vida simples que privamos numa gaiola por não querer atormentar ninguém com nossas perturbações, e o quanto rimos à toa das situações mais bobas que acontecem todos os dias à nossa volta.
O que vale realmente é aproveitar todos os momentos junto do maior número de pessoas possível, porque o que importa é a convivência harmoniosa e feliz que temos com essas pessoas.
domingo, 24 de outubro de 2010
Para refletir
Quando queremos resolver um problema, primeiramente tentamos com as nossas próprias mãos, e quando não conseguimos percebemos que precisamos da ajuda de outro para a solução. O difícil é esperar a boa vontade e a paciência desse outro para poder nos ajudar.
[...]
Estamos tão acostumados com a correria do dia-a-dia, que quando você está em um dia NORMAL, com situações NORMAIS, um dia calmo, sem tanta correria, você relaxa e de toda a correria dos outros dias. O ser humano não se dá conta de quanto ele trabalha rapidamente e muitas vezes não dá o devido descanso que seria necessário.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Tic-tac no sentido anti-horário
Baseado no filme ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’ (Se você ainda não viu, não perca a chance quando ela surgir)
Imagine um relógio antigo onde os ponteiros fossem no sentido anti-horário. E com esse relógio fosse o curso de sua vida. Só imagine...
No começo você não compreende porque um espírito tão leve e tão inocente como o seu está no corpo de alguém que aparenta ter vivido muitas experiências. Você tenta libertar tudo o que deseja, mas o seu corpo não reage aos seus pensamentos e não permite certas audácias.
O tempo vai passando, todos à sua volta vão envelhecendo a cada dia e você vai rejuvenescendo e ficando totalmente mais a vontade para explorar tudo o que tinha vontade mais não podia pelas limitações do corpo que era mais vulnerável.
O pior deve ser ver como as pessoas vão passando pela estrada da vida e vão para outra jornada, e você com mais jovialidade no desenrolar dos anos, vendo todos indo numa direção e você em outra.
Apesar dos pesares, você ainda consegue ter algumas experiências no seu devido tempo, porém algumas precoces demais ou tardas demais. Você vai tentando ter a vida social mais comum, mas sabe que uma hora ela passará a ser incomum e totalmente oposta ao restante dos outros.
Muitas frases que se ouvem por aí se encaixam na sua metodologia: “Nada é eterno”, “O tempo é o melhor remédio”, “Tudo vai melhorar”, entre outras. E com elas você vai levando a vida e aproveitando tudo o que puder, pois sabe que no fim, pelo menos pra você, tudo vai ser diferente. O corpo continua a rejuvenescer e as experiências vão aumentando junto com a idade. Só que o cérebro vai perdendo a capacidade de lembrar-se de todas elas, pois enquanto se fica mais novo a capacidade de armazenamento de tudo o que passou vai diminuindo, ficando de acordo com a idade corporal que se tem.
E no fim, acabará como um bebê recém-nascido que desconhece tudo à sua volta e tudo o que se passa consigo mesmo, deslumbrado com o tudo o que vê e percebe ao redor de si. E com esse último olhar você fecha os olhos pra esse mundo onde todos viviam num sentido e você foi o único que viveu no sentido oposto.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Só enquanto espero...
É incrível o quanto de ajuda nós realizamos no dia-a-dia para várias pessoas, algumas até que a gente não conhece ou que são ajudadas indiretamente quando fazemos algo por outra pessoa. Quando a gente para de pensar em como ajudar, bate um vazio assustador que chega a corroer a gente por dentro, mas com esse tempo que paramos de pensar conseguimos verificar o quanto fizemos por essas pessoas, e só nesses momentos pensamos em como podemos ajudar a nós mesmos.
domingo, 19 de setembro de 2010
‘O Nariz’ te mostra o melhor lado da vida. Tive uma lembrança disso. Não perca a oportunidade!
Hoje quando estava voltando pra casa, vi do ônibus, uma loja fazendo propaganda de seus preços, e quem estava anunciando os produtos era um Palhaço.
Com esse pequeno vislumbre de transmitir alegria, lembrei da época em que fiz o curso de Clown e das apresentações que participei. Não que o Clown tenha muito a ver com o Palhaço, mas eles têm uma coisa em comum: transmitir as emoções diante das diversas situações. A maior diferença entre Clown e Palhaço (apesar de alguns acharem que eles são a mesma coisa) é que pra fazer o Palhaço você monta um personagem e tem como objetivo trazer alegria naquilo que está fazendo. Já o Clown não tem personagem nenhum, é você ali na ação e nem sempre passando a alegria que o palhaço tem por objetivo, pois o Clown nada mais é do que a busca do seu próprio ‘Ser’, aquele que raramente você deixa que os outros percebam, vivendo várias situações que nem sempre você teria coragem de viver e tendo atitudes que no dia-a-dia você teria vergonha.
Sem desvalorizar ninguém e honrando a todos, cada um tem a sua importância e tem a sua diferença também. Expressar sentimentos e se fazer entender sobre tais é o que eles têm a fazer e o fazem muito bem, diga-se. Em alguns casos, sempre se tem a idéia da transmissão da alegria e das situações mais bizarras da vida para animar a quem está prestigiando, porque os artistas não querem trazer certas angústias que são vivenciadas todos os dias para seus espetáculos.
A primeira vez que coloquei ‘O Nariz’, não consegui demonstrar tudo, mas no decorrer dos outros dias e a convivência com aqueles que também estavam transparecendo as suas emoções fui melhorando aos poucos. Aí vieram as apresentações, as montagens dos temas, tudo lá, programado. Só que no momento das apresentações, o que estava programado se tornava menos importante do que planejado, óbvio que o tema se mantinha, mas a situação saía completamente fora do planejado e todos iam improvisando e encaixando suas idéias nessas novas idéias que iam surgindo durante o espetáculo.
Foi um grande aprendizado e continuo mantendo a mesma diretriz de não esconder as emoções e não se preocupar com os pensamentos dos outros sobre atitudes e momentos, que pra eles são ‘fúteis’, mas para nós são parte do nosso próprio 'Ser’.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Muderno - Diego Moraes
Eu olho muito pro céu
É que eu ando de ônibus
Bebo no copo de requeijão
Combino terno e chinelo
Gasto tudo que ganho
Com farrinha barata
Trabalho o ano inteiro
Mas a minha grana...
Não dá nem pro cheiro
Quando minha mãe me liga
Digo que está tudo bem
E diante da rotina
Que você nunca vem
Volto pra casa
Desarrumada
Nada tem pra fazer
Vou pra cozinha
Puto da vida
E um miojo cai bem...
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