Prefiro ler tudo o que escrevi, porque se for improvisar pode ser que eu não fale tudo o que desejo e talvez a emoção atrapalhe mais ainda a leitura de tudo isso aqui. Vai ser demorado, então aguentem aí pessoal! Confesso que a cada trecho que escrevia, tinha que parar, pois pensar em tudo isso que eu gostaria de dizer já me emocionava muito e estou morrendo de medo de como vai sair isso aqui, mas vou até o fim. Peço desculpas antecipadamente e ajuda de todos para que alcance o final do texto.
Vamos começar por onde se deve, o início:
Wesley - meu irmão mais velho, aquele que passei muitos anos vivendo longe e que tem mais lembranças de momentos comigo do que eu mesmo. Aquele que tenho um amor tão imenso, mas tão imenso que se eu repetir “eu te amo” sempre que eu vê-lo não será capaz nunca de chegar nem a 1% de tudo o que eu sinto. Eu te amo tanto cara, mas tanto que já cheguei até a soltar poucas vezes por aí, que talvez seja o irmão que eu mais ame, mesmo tendo uma intimidade gigantesca com a Gabi e uma afinidade ímpar com Gleicinho, o que eu sinto por você é tão especial e tão exclusivo que até me assusta. Já expressei isso pra você, não com palavras talvez, pois acredito que palavras se perdem no vento, mas espero que isso esteja bem claro e firme no seu pensamento. Sempre soube de sua existência bem como de Gleicinho que moravam com a minha doce e pura vó e a mãe de vocês Deide, mas víamo-nos raramente nas poucas vezes em que íamos para o Ceará ou quando veio a São Paulo. O irmão que levei o maior susto quando vi de porre no aniversário de 18 anos achando que nunca se recuperaria daquela bebedeira. É... Uma das poucas coisas que lembro quando era pequeno, mas que me deixou assustado até ver você levantar no outro dia. Houve um período que não morei com a mamãe também, mas estava a 15 minutos de caminhada e todo fim de semana estava junto com vocês e não há 2 dias de viagem e que veria apenas 1 vez por ano ou a cada 2 anos, ou seja, sei o que é não morar com a mamãe, mas não faço a menor ideia de quão difícil é estar tão longe e ter tão poucas vezes a sua presença. Motivo no 1 pra eu te admirar e amar tanto. Finalmente veio para São Paulo e teve a calmaria de morar na casa da mamãe. Da mesma forma que disse lá em cima, também não faço a menor ideia de como deve ter sido especial para você conseguir alcançar esse objetivo. Com essa vinda aí sim tivemos a grande chance de nos conhecer, o cara engraçado, que faz piada de tudo, tira sarro sempre que pode, com uma inteligência incomparável, mas também o mais chato, mais cricri, mais irritante, mais grosseiro do que se é possível pra um irmão mais velho. Meu Deus, quando a Gaby e eu erámos pequenos nos divertíamos e brincávamos muito com você, mas também brigávamos tanto e por tantas coisas que a gente não teria noção nenhuma de qual o motivo, mas que hoje, depois de adulto consigo enxergar que até que você tinha razão em ser tão irritante, vendo de fora, talvez a gente é que fosse irritante além da conta para crianças normais. Não sei e também não saberemos mais, já passou e não tem como voltar atrás. Convivência é isso, conhecer o melhor e o pior de cada pessoa, e olha não vou mentir não, foi um sufoco até acostumar com 1 irmão mais velho morando com a gente e com um personalidade que não estávamos acostumados. A nossa convivência foi se tornando mais tranquila e mais rotineira e você teve suas viagens de férias para o Ceará até que de uma delas voltou namorando a distância, não me lembro do ano, a época, nada viu, me lembro de pequenas coisas e de pequenos detalhes sobre isso e agora vamos para o outro lado da história.
Eliete - a prima distante e que, com certeza tem mais lembranças de momentos comigo do que eu mesmo. Aquela que aprendi a admirar a distância pelo carinho e pela lembrança que já tinha comigo, pois sempre que Wesley voltava do Ceará trazia consigo um presente dessa prima, que não me lembrava na época de qualquer momento que tivemos, e também pela determinação e amor que tinha pelo meu irmão mesmo estando tão longe e se vendo tão pouco, achava tão incrível e tão explosiva a paixão nas vezes que vocês se falavam por telefone, via aquilo de uma forma tão fofa. Aquela que aprendi a amar durante nossa convivência e nos pequenos detalhes da nossa rotina que foi se desenrolando cada vez mais para uma parceria familiar, eu não sentia você como uma cunhada, eu sentia você como a irmã mais velha e mais travessa, pois Wesley continuava com a postura de “adulto”, sério e você não, você entrava na nossa vibe (minha e da Gaby) e se infantilizava junto nas nossas brincadeiras, mesmo já sendo uma mulher adulta, séria, com decisões importantes e com uma vida totalmente admirável de todas as experiências passadas. As informações que tivemos antes da sua chegada, daquela maneira mais resumida para que não fizéssemos tantas perguntas era a de que você tinha sofrido uma grande perda, que não tenho a menor ideia de como foi pra você quando isso aconteceu e a única sensação que ficou na minha cabeça foi “que mulher forte hein” e também do problema de saúde que estava e que estava vindo tratar, além é claro, de ficar mais perto do seu amor. A expectativa era imensa pra te conhecer, pois a única referência que tinha de você eram os presentes que nos mandava, os cds que Wesley trazia, e as ligações quando ele estava falando com você, ou seja, eu pensava que tinha que ser uma super mulher mesmo pra ele se dedicar tanto assim a distância. Quando você chegou... Meu Deus do céu! Que mulher é essa que meu irmão arranjou... Uma mulher linda, espetacular, visualmente falando e com os cabelos tão loiros que pareciam de um anjo... Naquela primeira vez (primeira vez que eu me lembrava de te ver) ficou completamente claro pra mim, agora eu entendi porque Wesley namorou esse tempo todo a distância, agora tá explicado como ele conseguiu manter essa relação, não só por isso, mas a primeira vista foi o que pensei. Depois disso foi só sucesso. Que mulher demais meu, brincalhona, divertida, inteligente, carinhosa, determinada e mais forte ainda do que eu tinha idealizado. Não tinha como não se apaixonar por você, era irresistível. Todas as nossas descidas pra comprar só 1 casquinha com 1 bola na tia Nelma, todas as disputas pelos “monstrinhos de chuva (bolinhos de chuva)” quando a mamãe fazia e que não duravam nem 5 minutos. Hoje quando ela faz, os monstrinhos ficam lá, duram até dias, é tão desanimada agora a disputa. Ou então quando a gente queria comer algo diferente pra ver alguma coisa na tv ou filmes, você ia e fazia o bolo de caco, e quando faltava a energia hein, nossa, e aí vinha Escuridão do Forró (a banda de forró que montamos, Gaby, Lete e Eu pra ficar cantando e se apresentando para nós mesmos em casa) pra alegrar a noite a luz de velas. Como a gente se divertia com essa cunhada que adotei como irmã mais velha. Aí veio a decisão do casamento e todos unidos com a correria para os preparativos dessa união mais do que desejada. Vamos então para o lado conjunto da história.
Casamento – vocês finalmente se casaram e dessa data eu lembro muito bem. Lembro de ir junto para escolher o vestido da noiva, lembro também que eu tinha gostado de um modelo, mas no fim foi escolhido o outro, lindo também, mas que me agradava menos. Até aí tudo bem, não era eu quem ia usar mesmo. Mas quando essa mulher entrou na igreja. Meu Deus! Que noiva mais linda! Que vestido mais lindo! Que combinação mais linda deslizando pelo tapete vermelho da igreja. Nossa! Eu fiquei de queixo totalmente caído, sem dúvida nenhuma. E quando olhava pra Wesley só se via aquele sorrisão bonito cheio de alegria e felicidade, felicidade essa que transbordava, contagiava e compartilhava com todos os convidados ao acompanhar o caminho da noiva até o altar. O ritual foi lindo, aquelas mesmas palavras de todas as cerimônias ficaram muito mais charmosas saídas da boca de vocês. E o beijo? Que beijão! Geralmente os noivos vão com um beijo apaixonado e simples para finalizar a cerimônia, mas o beijo de vocês foi aquele beijo apaixonado de paixão recente e exalou a mensagem de “finalmente chegamos até aqui, conseguimos”. Foi lindo e inspirador. Depois disso vocês ainda ficaram morando pertinho de nós, convivendo na mesma casa, mas em tetos diferentes e um tempo depois conseguiram comprar a casinha de vocês, foi tão triste e tão alegre ver vocês indo embora, essa mistura de sentimentos que a gente não sabe se sorri ou se chora, mas que desejamos apenas o progresso e cada vez mais sucesso. Casa nova, vida nova, muita coisa nova. E não contentes em esbanjar o amor de vocês por aí, vocês vem e trazem a notícia que, pra mim, é o maior ato de amor que se tem entre um casal para o mundo, de que seriam pais! Que delícia essa alegria de um bebê vindo por aí hein. E com isso, oficialmente eu seria tio, mesmo já tendo outros sobrinhos por aí, nenhum dos meus irmãos ainda tinha gerado um filho. Que beleza hein! Veio então a Larinha, Lara Kauanny, aquela que veio pra acrescentar e mudar a vida da família toda. Um dos fatos mais marcantes entre vocês e eu, obviamente foi à reação mais que positiva quando falamos abertamente sobre a minha vida. Eu já imaginava que vocês seriam tolerantes, mas o carinho que vocês tiveram e Wesley soltar logo uma piada tirando sarro da minha cara, com certeza vou lembrar pra sempre. Do início até hoje muitas coisas boas aconteceram, muitas, muitas, muitas, mas muitas festas em famílias, muitos momentos alegres e também muitos momentos de tristezas, muitas encontros de família para sofrimento e consolo compartilhado, muitas lágrimas derramadas, mais pessoas amadas que se foram nos deixando com nossas lembranças e nos tornando mais unidos como família e mais fortes como humanos. Tivemos momentos de muitos beijos e abraços e momentos de muitas discussões e ofensas, momentos de muita união e fraternidade e momentos de cada um no seu canto vivendo sua vida. Mas o que realmente importa é que no final sempre estamos juntos com beijos, discussões, abraços, ofensas, pois somos uma família muito forte, que tem uma estrutura muito sólida baseada no amor e é como todo mundo diz por aí “eu nunca vi uma família como a de vocês, que está junta todo final de semana e está sempre unida”.
Agora quero deixar minhas últimas palavras que juntamente com tudo o que eu falei antes foram inspiradas por uma música muito especial, que por sinal, não é nenhuma das músicas que associo ao casal (de aviões ou babado novo dos cds que Lete mandava e Wesley trazia do Ceará), depois que eu terminar de ler nós iremos ouvir uma versão que gosto muito dessa música que é uma das mais românticas que já ouvi e que todo mundo conhece, mas escolhi essa versão diferente, pois me identifico mais para este momento.
Poema Wesley e Eliete
Não tem como não dizer ou não perceber que vocês são completamente apaixonados um pelo outro
E que a história da distância e da saudade é linda e uma inspiração de vida sobre como é amar alguém
Como é engraçado que era previsível há anos atrás que ele seria o homem da sua vida e ela seria a mulher da sua vida
Os presentes, os telefonemas, as cartas trocadas por causa da distância já indicavam que não era uma história qualquer, não era uma paixão qualquer
A paixão transbordava por vocês e era visível, talvez pouco compreendida por alguns, mas muito valorizada por outros
Só temos como imaginar o que se passava pela cabeça de vocês pra levar isso adiante
Quantas vezes vocês devem ter se perdido em pensamentos
Querendo saber o que o outro estava fazendo, querendo estar perto e compartilhando todos os momentos
E que de tanto pensar até se desligavam do mundo e se perdiam da vida real, concentrados apenas nas próprias fantasias
Até que chegou no ponto em que ficou evidente que não tinha como a vida de vocês continuarem separadas
E aí veio a decisão por compartilhar esse presente maravilhoso dado para todos nós que é viver

Arrasou!!! Parabéns pelas palavras
ResponderExcluirAmamos tudo que vc falou Gabriel. 👏👏👏👏👏👏👏👏
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