domingo, 19 de setembro de 2010

‘O Nariz’ te mostra o melhor lado da vida. Tive uma lembrança disso. Não perca a oportunidade!


Hoje quando estava voltando pra casa, vi do ônibus, uma loja fazendo propaganda de seus preços, e quem estava anunciando os produtos era um Palhaço.
Com esse pequeno vislumbre de transmitir alegria, lembrei da época em que fiz o curso de Clown e das apresentações que participei. Não que o Clown tenha muito a ver com o Palhaço, mas eles têm uma coisa em comum: transmitir as emoções diante das diversas situações. A maior diferença entre Clown e Palhaço (apesar de alguns acharem que eles são a mesma coisa) é que pra fazer o Palhaço você monta um personagem e tem como objetivo trazer alegria naquilo que está fazendo. Já o Clown não tem personagem nenhum, é você ali na ação e nem sempre passando a alegria que o palhaço tem por objetivo, pois o Clown nada mais é do que a busca do seu próprio ‘Ser’, aquele que raramente você deixa que os outros percebam, vivendo várias situações que nem sempre você teria coragem de viver e tendo atitudes que no dia-a-dia você teria vergonha.
Sem desvalorizar ninguém e honrando a todos, cada um tem a sua importância e tem a sua diferença também. Expressar sentimentos e se fazer entender sobre tais é o que eles têm a fazer e o fazem muito bem, diga-se. Em alguns casos, sempre se tem a idéia da transmissão da alegria e das situações mais bizarras da vida para animar a quem está prestigiando, porque os artistas não querem trazer certas angústias que são vivenciadas todos os dias para seus espetáculos.
A primeira vez que coloquei ‘O Nariz’, não consegui demonstrar tudo, mas no decorrer dos outros dias e a convivência com aqueles que também estavam transparecendo as suas emoções fui melhorando aos poucos. Aí vieram as apresentações, as montagens dos temas, tudo lá, programado. Só que no momento das apresentações, o que estava programado se tornava menos importante do que planejado, óbvio que o tema se mantinha, mas a situação saía completamente fora do planejado e todos iam improvisando e encaixando suas idéias nessas novas idéias que iam surgindo durante o espetáculo.
Foi um grande aprendizado e continuo mantendo a mesma diretriz de não esconder as emoções e não se preocupar com os pensamentos dos outros sobre atitudes e momentos, que pra eles são ‘fúteis’, mas para nós são parte do nosso próprio 'Ser’.

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