Quando começamos realmente a crescer, os pais finalmente
deixam cair àquela blindagem de superproteção e ilusória de que eles não se
afetam e não se abalam por nada. Quando passamos a virar jovens e/ou adultos, quando
entendemos melhor às coisas do mundo, quando entendemos melhor as coisas da vida,
quando entendemos melhor a própria vida e o próprio caminho a seguir, percebemos
as vulnerabilidades e a humanidade dos nossos pais. Não que isso diminua nossa
admiração, nosso afeto e a nossa valorização deles, mas vamos enxergando as
suas falhas, as suas angústias, as suas inseguranças e vamos circulando na
relação, quase que invertendo os papéis e passando a cuidar mais deles, se
preocupar mais com eles, a querer estar mais perto, a querer fazer com que as
coisas deem certo pra vida deles, tornando a relação pais-filhos muito incrível
e muito louca ao mesmo tempo durante a nossa caminhada compartilhada nesse
mundo.
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